5 de janeiro de 2014

True Love - 6° Capítulo


--Zayn?
Zayn: Vim ver como você está.
--Hm.. entra.

Dei passagem pra que entrasse e fechei a porta.

Zayn: Não deu tempo de conversar com você direito.
--Até porque, a Tifanny não deixou.
Zayn: É -coçou a nuca.
--Obrigada, por hoje.
Zayn: Ele te machucou?
--Não, ele só tentou me beijar.

Ele trincou os dentes.

--Tá tudo bem?
Zayn: Ele tentou fazer mais alguma coisa?
--Não, só isso.
Zayn: Menos mau, se não ia lá na casa dele agora e terminava o serviço que comecei. -parecia irritado.
--Já passou, Zayn.
Zayn: Se ele tentar mais alguma coisa, quero ser o primeiro a saber!

Assenti com a cabeça.
Ficamos em silêncio alguns minutos e ele me encarava, agora mais calmo. Me sentei no sofá e ele me acompanhou.

Zayn: Como agente fica? -encarando a televisão.
--Como assim? -o olhei.
Zayn: A nossa amizade.. como fica? -me olhou.

Fiquei alguns segundos em silêncio, mas logo o respondi.

--Eu não sei. -foi minha vez de encarar a TV.
Zayn: Agente sempre faz as pazes no máximo em 2 dias, mas dessa vez está sendo diferente. Porque? Se enjoou de mim?

O olhei incrédula.
Ele acha mesmo isso? Como alguém poderia se enjoar de sua companhia, de seus conselhos, de seu carinho? Nem uma pessoa com muitos problemas mentais.

--Você acha que eu enjoei de você?
Zayn: Não? Ou é por causa da Tifanny?
--Você ainda pergunta? Lógico que é por causa dela!
Zayn: Pensei que você já estivesse esquecido aquela briga! Você é muito orgulhosa.

Me levantei irritada.

--Sou mesmo. Mas a culpa não é minha se o meu "melhor amigo" me trocou por uma puta qualquer.
Zayn: Não fala assim dela. -ficou a minha frente.
--Ainda vai defender? Que belo amigo eu tinha.
Zayn: Tinha?
--Sim, tinha. Enquanto você estiver com ela, não sou sua amiga.
Zayn: Para com esse ciúmes idiota, Caterine.
--Não é ciúmes, Zayn.
Zayn: É sim.
--Não, não é. Eu só estou fazendo isso porque eu estou com saudades do meu melhor amigo.
Zayn: Você ainda o tem.
--Se eu o tenho, porque quando você está com ela, você se esquece de mim?
Zayn: Eu não te esqueço, só que ela é minha namorada, e tenho que dar atenção para ela também.
--Ótimo, então que dê só pra ela.
Zayn: Não precisa disso, você sabe.
--Você que escolhe. Ou a sua antiga melhor amiga, ou sua namoradinha cor-de-rosa.
Zayn: Cat..
--Caterine.

Ele me olhou assustado.

--Zayn, sai da minha casa.

Novamente ele me olhou com semblante assustado.

--Por favor.
Zayn: Eu tentei.

Ele saiu e bateu a porta com força. Passei as mãos pelos cabelos e voltei para meu quarto. Me deitei novamente e não consegui mais dormir, fiquei pensando o resto da tarde.

P.O.V Narradora

Depois daquela briga, um mês se passou. Ambos estavam morrendo de saudades um do outro, mas Caterine é muito orgulhosa para fazer as pazes. Ela o queria só para si, sem ter que o dividir com ninguém. Toda vez que o via pela janela de seu quarto, andando de mãos dadas com Tifanny, seu coração doía; apertava tanto que parecia estar sendo esmagado pela saudade, ciúmes. A uma semana, a menina caiu na tentação de se cortar, sim, se cortar. Quando estamos fora de si, não sabemos de nossos atos, que na maioria, são irresponsáveis. Ela já não sai mais de casa, só para ir a escola, pois todo lugar que vai, se lembra de Zayn. Das coisas que fizeram juntos, do jeito que a amizade deles parecia inseparável. Não tinha mais apetite, estava magra, e correndo risco de ficar com anorexia. Mas ela estava pouco ligando para isso.
Ele também estava sofrendo, do mesmo jeito que ela. Saia todas as tardes pois era obrigado por Tifanny, que queria fazer inveja em Caterine, mas não tinha nenhuma vontade. Não queria comer, mas Trisha não o deixava ficar sem lanchar de 3 em 3 horas, pois sabia que se deixasse, ele ficaria doente. Toda vez que a vê na escola, tenta falar com ela, mas ela foge, sempre. Isso acabava com ele, pois queria sua amizade de volta. Ele acha que gosta da Tifanny, mas no fundo só estava enganando a si mesmo. Ele era apaixonado, ainda é, por uma menina, aos olhos dele, perfeita. Um amor meio impossível, pois ela não o quer, ou ele acha que ela não o quer. Nunca se sabe.
Nenhuma das mães estava feliz com essa briga dos dois, e como as férias de verão estavam chegando, resolveram dar uma viajem para eles, só os dois, quem sabe assim fazem as pazes. Eles iriam para New York, passarem 1 mês lá. Iriam no mesmo avião, um do lado do outro, e ficariam no mesmo quarto de apartamento.
Elas deram a notícia ontem, e amanhã eles já viajam, mas não sabem que é juntos, esse é o problema. Será que vai dar certo?

P.O.V Caterine

Amy: Já arrumou sua mala? -falou entrando em meu quarto.
--Falta só algumas coisas que vou precisar para me arrumar amanhã.
Amy: Meu bebê vai viajar. -Se aproximou e me deu um abraço apertado.
--Não começa, mãe. -rimos e retribui o abraço.
Amy: 30 dias, filha. Muita coisa -falou já chorando.
--Ah, mãe. Não chora. -limpei suas lágrimas. Vou sentir sua falta. -nos abraçamos novamente.
Amy: Eu mais ainda.
--Mãe.. tá me esmagando. -rimos e ela me soltou.
Jeremy: Pronta para amanhã, querida?
--Pronta. -sorri e o abracei forte. Vou sentir saudades suas também, pai.
Jeremy: Eu também, filha. Muitas.
--Mas, porque vocês não vão comigo?
Jeremy: Achamos que você já tem idade suficiente para dar conta de se cuidar sozinha.
--E você aceitou isso numa boa, mãe? -eu e meu pai rimos.
Amy: É.. mais ou menos. -gargalhamos.

Fazia tempo que não ria com meus pais, eles só brigam.

--Vê se não briguem quando eu não estiver aqui, tá?
Amy e Jeremy: Pode deixar, querida. -sorriram.

Demos um abraço em grupo e fomos dormir, já era tarde e teríamos que acordar cedo.
Mau consegui dormir e o celular despertou. Levantei em um pulo e tomei meu banho. Peguei a roupa que deixei separada ontem e me vesti rapidamente.


Pesquisei um pouco sobre lá, e são quase 7 horas de viagem, teria que estar confortável, por isso optei por uma roupa simples e tênis, melhor que isso só pijama. Se estivesse frio, tenho blusas dentro da mala e uma dentro da mochila que levaria comigo dentro do avião, está cheia de besteiras caso sentisse fome. Sim, pensei em tudo. Desci e meu pai colocava as malas no carro. Olhei para casa de Zayn, e estava tudo fechado.. estranho. Trisha costuma acordar cedo para arrumar a casa. Trancamos a casa e fomos. Faltava uma hora pro voo, mas o aeroporto é longe e temos que fazer o check-in. Fomos conversando animadamente sobre a viagem o caminho todo.
Tiramos as malas, as despachamos e fizemos o check-in. Agora vem a pior parte, despedida.

--Já chorando, mãe? -sorri fraco.
Amy: Vou sentir saudades. -me esmagou em um abraço.
--Eu também, mamãe.

Me separei dela e olhei meu pai que estava segurando para não chorar também.

--Pai.

Nos abraçamos e não me aguentei, chorei junto a ele.

-Última chamada, destino a Nova Iorque.

O desespero da Amy nessa hora foi total. Eu e Jeremy rimos bastante, mas tive que embarcar.
Peguei minha mochila e fui para um corredor que daria direto no avião. Antes me virei e dei um tchau com a mão. 

--Cadeira 23A. -falei comigo mesma.

Fui olhando as cadeiras, eram de duas em cada acento.

--Achei! Não é a da janela? Ah.

Estava com aqueles biquinhos de criança quando quer chorar, sou infantil, sei disso.

-Caterine?

25 de dezembro de 2013

True Love - 5° Capítulo


Ouvi o barulho da porta se abrir e olhei para trás.
Virei minha cabeça e vi Tricia.

Tricia: Querida, o jantar está pronto.

Me levantei e entrei junto a ela, indo direto para a sala de jantar. Nos servimos e comemos. Fiquei quieta enquanto todos conversavam animados durante o jantar. Nos despedimos e voltamos pra casa, estava exausta. Tomei banho, coloquei minha regata e dormi.

No outro dia.

Amy: Filha, acorda.
--Não. -me aninhei nos cobertores.
Amy: Cat, você tem que ir pra escola, levanta.
--Não quero ir.
Amy: Mas tem. Vamos, Caterine. Levanta!

Se eu continuasse com isso, sei que ela ia se estressar mais e me deixar de castigo.
Bufei derrotada e me sentei na cama.

Amy: Vai rápido. -disse e saiu.

Levantei lentamente e fui pro banho. Me enrolei na toalha e olhei a janela. Estava um tempo misto, nublado mas quente. Escolhi um roupa e me vesti. Não costumo a usar short, mas por incrível que pareça está calor em Londres, então tenho que aproveitar. Escovei os dentes e penteei meus cabelos.

--Tchau mãe. Tchau pai. -dei um beijo na bochecha de cada um.
Amy: Come alguma coisa, filha.
--Estou sem fome. Beijos.

Já estava atrasada então fui andando a passos largos até o inferno, ou escola, como preferirem.
Fui direto para o meu armário e peguei os livros que precisaria. Fui para a sala e ótimo, professor já está dando aula.

--Posso entrar?
Professor: Tem a permissão do diretor?
--Precisa?
Professor: Lógico que precisa senhorita Donovan. -sorriu irônicamente.

Revirei os olhos e fui até a diretoria.

--Posso entrar?
Sr. Miller: Fique a vontade.

Dei dos passos, ficando de frente para a sua mesa.

Sr. Miller: Do que precisa?
--De uma permissão para entrar em sala.
Sr. Miller: Qual o motivo de ter chegado atrasada?
--Minha casa é um pouquinho longe daqui.
Sr. Miller: Hm. Espera.

Fiquei observando ele abrir uma gaveta, tirar um bloco de papel de lá e preencher com alguns dados.

Sr. Miller: Aqui -me entregou.
--Obrigada.

Voltei até a sala e nem bati na porta, só entrei e deixei o papel na mesa do professor logo me sentando em meu lugar.

Professor: Cadê a educação? Tem que bater na porta.
--Deixei em casa.
Professor: Olha o respeito, mocinha!
--Só estou respondendo a sua pergunta. -sorri irônica, do mesmo jeito que ele fez comigo minutos atrás.

Ele me cerrou com os olhos e voltou a explicar sua matéria. Tirei meu caderno da bolsa e anotei o que ele tinha escrito na lousa. Odeio Matemática.
O horário passou arrastando e só vi quando a outra professora colocou seus materiais em sua mesa.

Zayn: Tá olhando o que? Babaca. -falou para alguém.

Alguém me cutucou, era Zayn, nem foi preciso olhar para trás.

--O que você quer? -seca.
Zayn: Cobre suas pernas. -jogou sua jaqueta sobre minha mesa.
--Não, porque? -joguei a blusa de volta.
Zayn: Cobre. -a jogou novamente, parecia irritado.
--Porque?
Zayn: Só cobre, estou te pedindo.

Bufei e as cobri, só não entendi o porque disso tudo.
Os horários de passaram rápido e deu a hora do intervalo.

--Sua blusa. -falei rude e estendi meu braço.
Zayn: Veste ela e me entrega na saída.
--Não.
Zayn: Os garotos vão ficar olhando suas pernas. Põe.

Nem o respondi, só a coloquei em cima de sua carteira e saí da sala. Fui para o gramado da frente da escola e me sentei debaixo da mesma árvore. Fiquei lendo enquanto tomava meu refrigerante que tinha comprado minutos atrás.

-Oi mocinha.

Olhei pra cima e vi um menino de cabelos cacheados, olhos verdes escuro e jaqueta. De certo do time de basquete aonde Zayn era o capitão.

--Oi?
-O que faz aqui, sozinha? -se sentou do meu lado.
--Te conheço?
-Que menina desconfiada -riu. Meu nome é Harry, prazer. -estendeu a mão.
--Me desculpa, mas tenho que ir.

Me levantei o deixando no vaco. Ia começar a andar mas fui surpreendida com uma puxada no braço direito.

Harry: Calma, eu não mordo. -riu. Só se pedir.
--Solta meu braço.
Harry: E porque deveria? -levantou uma de suas sobrancelhas.
--Porque estou mandando.
Harry: Oh, já vi que é rebelde. Posso domar essa sua rebeldia rapidinho!

Ele rapidamente agarrou fortemente minha cintura. Larguei meu livro no chão e tentei me soltar, coisa que não deu muito certo.

--Me solta!
Harry: Não antes de um beijinho.
--Me larga! -gritei, mas não adiantou. Não vou beijar você!
Harry: Vai ser por bem ou por mau!
--Socorro! -gritei mais uma vez.
-Solta ela! Agora, Harry!

Olhamos para trás, e Zayn vinha em nossa direção correndo.

Harry: Ah, qual é, Zayn!
Zayn: Mandei você soltar ela. -falou pausadamente.
Harry: E vai fazer o que se eu não soltar?
Zayn: Arrebentar sua cara.
Harry: Acha mesmo que consegue? -ele me soltou e ficou de frente com Zayn.
Zayn: Acha mesmo que não consigo?
--Não briguem.
Harry: Cala a boca, menina.
--Pera, você me mandou calar a boca? -ele me olhou, irritado. Zayn, acaba com a raça dele.

Nisso Zayn partiu pra cima dele com um soco certeiro em seu olho, outro em seu nariz, e uma joelhada em sua barriga. Zayn brigava muito, não posso negar. Com apenas três golpes, deixou Harry caído no chão.

Zayn: Vamos.

Ele pegou meu livro que estava no chão perto de Harry e me entregou. Foi andando na frente e eu atrás, em direção ao interior da escola.

Zayn: Eu disse pra você por a minha blusa, não disse? -irritado.

Preferi ficar calada.

Zayn: Aquele desgraçado. Se ele tocar mais um dedo se quer em você, me avisa. -disse sério, sem nem ao menos me olhar.

Não o respondi, achei que o silêncio seria a melhor resposta no momento.
Assim que chegamos na cantina, Tifanny veio logo se grudar no pescoço de Zayn.

--Obrigada pela ajuda.

Eu disse e saí logo dali, não queria ver a melação dos dois.

[....]

Depois de ter acabado as aulas, guardei os livros no armário e fui pra casa.
Como sempre meus pais não estavam em casa, estão trabalhando. Já me acostumei com isso, não me importo mais. Zayn sempre ficava comigo, não me deixava sozinha. Mas agora ele tem a quem cuidar, a Tifanny. Tomei um banho e fiquei no quarto deitada, assistindo filme. Não estava com fome, então nem almocei.

Estava quase pegando no sono, quando a campainha toca. Me levantei e abri a porta.

--Zayn?

24 de dezembro de 2013

True Love - 4° Capítulo


A quanto tempo estou sem falar com ele? A três semana. É, a três semana. Sou orgulhosa mesmo! Não vou falar com ele, ainda mais porque ele agora está namorando com ela.. isso mesmo, namorando. E depois ele ainda diz que não me trocou por ela, aquele idiota. Quase dois anos de amizade e ele me troca por uma vadia qualquer em três semanas. Ok, tudo bem, eu supero.

--Não mãe, eu não vou nesse jantar.

A minha querida mãe, Amy, está tentando me convencer a jantar na casa dos Malik. Vida cruel, não? Eu acho.

Amy: Filha, porque não quer ir? Vocês são melhores amigos.
--Porque não. Não mais.
Amy: O que aconteceu? -se sentou na minha cama.
--Ele me trocou pela cor-de-rosa.
Amy: A namorada dele?
--É.
Amy: A quanto tempo não se falam?
--Três semanas.
Amy: Três semanas?

Prenssionei meus lábios um no outro.

Amy: Porque você não vai nesse jantar e tentam fazer as pazes?
--Não.
Amy: Deixa de ser orgulhosa, filha. Você vai sim!
--Não vou, não.
Amy: Se não for, eu te deixo sem celular, televisão e internet por um mês!
--O que?-gritei assustada. Não!
Amy: Sim! Estamos resolvidas. Não quero ver vocês brigados, querida.

Ela deu um beijo em minha testa e saiu do quarto fechando a porta.
Ótimo. Agora vou ter que ir nesse jantar forçada.
Bufei e afundei minha cabeça no travesseiro com raiva.

Horas depois

Amy: Já está pronta, Caterine? -gritou do andar de baixo.
--Já estou descendo!

Me olhei no espelho e ajeitei minha roupa. Regata, saia florida, e uma sapatilha azul marinho aveludada.


Simples, mas já conheço os donos da casa, então não tem porque eu ir mais arrumada que isso.
Meus cabelos estavam normais, cacheado nas pontas. Passei só um rímel pra não ficar com a cara lavada demais e desci. Sinceramente, não gosto de usar maquiagem.

-Está linda, filha! -meus pais falaram em coro.
--Obrigada.

Trancamos a casa e fomos para a do vizinho, Zayn.

Tricia: Oi, podem entrar!

Entrou primeiro minha mãe que deu um abraço em Tricia, depois meu pai que a cumprimentou e logo atrás, eu.

Tricia: Oi querida, quanto tempo não vem aqui. -me deu um abraço.
--Pois é, tia. Tem acontecido umas coisas.
Tricia: Entre você e o Zayn?

Assenti com a cabeça, ela fechou a porta e me acompanhou até a sala-de-estar.

Tricia: O que aconteceu? -me abraçou de lado.
--Nada demais.
Tricia: Mas você e Zayn não tem se falado..
--É que -fui interrompida por Zayn e a namorada dele entrando na sala. Deixa pra lá.

Trisha olhou pra eles e compreendeu o que eu estava querendo dizer.

Zayn: Oi, tia Amy. -abraçou ela.
Amy: Oi, querido. Quanto tempo!
Zayn: Oi, Sr. Donovan. -apertou a mão do meu pai.
-Pode me chamar de Jeremy, Zayn. -sorriu simpático.
Zayn: Ok, Jeremy. -sorriu de canto. E essa é a minha namorada, Tifanny.

Ela nem se quer se moveu, só se agarrou no pescoço do Zayn e deu um 'Oi' de longe. Antipática.
Zayn me olhou e nos encaramos durante alguns segundos.

Zayn: Oi. -seco.
--Oi. -do mesmo jeito que ele, seca.

Me sentei no sofá de três lugares, o maior, e minha mãe se sentou ao meu lado acompanhada de Tricia. Meu pai foi conversar com o pai do Zayn que estava na cozinha terminando o jantar e o casalzinho felicidades se sentaram no sofá a minha frente.
Me aconcheguei mais e fiquei brincando com as minhas unhas.

Tifanny: Já volto, amor. -deu um beijo nele e subiu as escadas, certamente foi no banheiro.

Continuei quieta e Zayn ficou me olhando. Isso já estava me incomodando.

--Perdeu alguma coisa aqui, Zayn?
Zayn: Não, nada.
--Então porque tá olhando?

Ele ia falar alguma coisa, mas a rosinha entrou na sala novamente.

Tifanny: Acontecendo alguma coisa? -se agarrou nele.
Zayn: Não.
--Com licença, vou tomar um ar.

Me levantei e sai da casa enquanto todos da sala me olhavam. Passei a mão nos cabelos nervosa e me sentei na calçada.
Estava terminando de escurecer e alguns casais ainda passeavam na rua. É nessas horas que você sente a falta de um namorado. Vê as pessoas andando de mãos dadas, abraçadas.. bate um vazio enorme, ainda mais quando se está brigado com o seu melhor amigo. Ele está me fazendo falta, admito, só pra mim mesma, mas admito.
Ouvi o barulho da porta se abrir e olhei para trás.

16 de dezembro de 2013

True Love - 3° Capítulo



Zayn: Acorda, pequena. -acariciando meus cabelos.
--Hm. -gemi em forma de reprovação.
Zayn: Vamos. Larga de ser preguiçosa. Tem que se arrumar pra escola.

Abri um de meus olhos.

--Tenho mesmo que ir?
Zayn: Tem.

Ele estava sentado do meu lado direito, da cama dele, aonde dormimos. Sim, na mesma cama, mas não aconteceu nada, afinal, somos melhores amigos.
Cocei meu olhos e os abri devagar com certa preguiça.

Zayn: Bom dia. -disse sorrindo e deu um beijo em minha bochecha.
--Bom dia. -retribui o sorriso. Quantas horas? -me sentei na cama.
Zayn: Deixa eu ver -olhou em seu celular. São seis e quarenta.
--Ainda? -me deitei e cobri. Me acorde sete horas.
Zayn: -riu. Nada disso, mocinha! Vamos, levanta logo daí! -puxou a coberta me levando junto.
--Zayn! -gritei.
Zayn: Foi mau -rindo e me ajudou a levantar. Vai tomar seu banho que eu vou te esperar lá em baixo pra tomar o café. -deu um beijo em minha testa e saiu. Vai rápido! -gritou depois de ter fechado a porta.

Bufei.
Me levantei e fui pro banheiro, em câmera lenta. Tomei um banho, digamos que "rápido" e coloquei uma roupa que o Zayn pegou ontem a noite na minha casa pra mim.


Ele conhece bem meu estilo, então não vi o porque de não deixar ele escolher.
Escovei os dentes, prendi meu cabelo em um coque frouxo e desci já com a mochila nas costas.

--Bom dia tia Trisha. -dei um beijo em sua bochecha e me sentei.
Tricia: Bom dia, querida. -disse sorrindo.
Zayn: Já estamos quase atrasados, come logo.

Comi somente uma maça verde, tomei um copo de suco de laranja e fomos.
Chegando na escola a primeira coisa que vejo é a Tifanny vindo correndo na nossa direção. "Nossa" não, na do Zayn, pra ser mais exata.

Tifanny: Oi Zaza! -falou com sua voz fina e deu um beijo estalado na bochecha dele.
--Tchau.
Zayn: Espera, Cat. -pediu enquanto me afastava.

Nem dei ouvidos e continuei andando em direção a escola. Fui até o meu armário e peguei os livros de Matemática e Física que eu ia precisar hoje e fui pra sala andando em passos lentos.
Me sentei na mesma carteira de sempre, a no meio da turma, puis meus fones e coloquei pra reproduzir minhas músicas favoritas enquanto lia "A culpa é das estrelas", do John Green, muito bom.
Estava tão concentrada no livro, que quando dei por mim, estavam todos na sala e o Zayn me cutucava.

--Que foi? -irritada. Tava lendo!
Zayn: Saiu daquele jeito porque?
--Você acha que eu ia ficar lá de vela? Nunca.
Zayn: Vela? Agente não é um casal!
--Mas parece.

Coloquei novamente meus fones e continuei lendo.

[....]

Guardei meus materiais e fui andando em direção ao portão de entrada da escola.

Zayn: Ei, me espera! -gritou e eu parei de andar. Ainda tá brava?
--Quem disse que eu estou brava? -rude.
Zayn: Te conheço.
--Se me conhece, então porque perguntou? -continuei andando e ele me acompanhou.
Zayn: Porque tá assim?
--Assim como?
Zayn: Brava?
--Porque? Oh, porque, Zayn? Tenta adivinhar! -parei e o encarei.
Zayn: Tifanny?
--Lógico. Porque mais seria?
Zayn: Você não tem motivos.
--Ah não?
Zayn: Não!
--Tenho sim.
Zayn: Qual?
--Que o meu melhor amigo prefere uma vadia cor-de-rosa no lugar da sua "melhor amiga". Só isso, mas nada.

Dei um passo pra continuar, mais uma vez, a andar mas ele puxou meu braço me fazendo o olhar.

Zayn: Quem te disse que eu prefiro ela do que você?
--Ninguém precisou me dizer, eu vejo muito bem com esse par de olhos que eu tenho na cara.
Zayn: Para de ser arrogante! -se irritando. Eu tô tentando concertar as coisas, mas você não está ajudando!
--Eu sou arrogante na hora que eu quiser, aonde eu quiser, e com quem eu quiser! E dá pra você soltar meu braço ou está difícil?
Zayn: Tá difícil sim, porque você é uma cabeça dura e não escuta as pessoas, só quer saber da sua opinião.
--A opinião dos outros só me interessa quando eu peço.
Zayn: Ah, então você precisa me pedir?
--Preciso. -soltei meu braço de sua mão.
Zayn: Se você acabar sozinha, não reclame.
--Melhor sozinha do que mau acompanhada.

Disse e sai dali depressa. 
Fui direto pra minha casa e me joguei no sofá junto da minha bolsa. 
Sei que fui uma ignorante com ele, mas não vou pedir desculpas, não mesmo. A  culpa não é minha se ele fica dando moral para essas vadias que dão em cima dele toda hora. Quando algum menino vem falar comigo, nossa senhora. Só ele tem o direito de ficar nervoso? Não.
Minha opinião só vai mudar quando ele parar de falar com a "rosinha"!